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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Ao menos uma vez...

Ela se vestiu, se olhou, se perfumou... E usou o lápis... O lápis nos olhos pra afastar todos aqueles que lhe pudessem causar mau, ou ameaçar sua paz, a tranquilidade do mundo que ela criara... Dentro daquele mundo ela assistia tudo passar... Vidas, pessoas, queridos, ou nem tanto... Mas era dali, daquela janelinha d'alma que ela enxergava as coisas... Mesmo com o campo de visão afetado pelo curto espaço que a permitia ver o mundo, dali mesmo ela o via... E achava que o entendia, o conhecia... Tolice a dela, nem mesmo quem vê o mundo da grande janela o entende, o conhece... Quem era ela para achar que conhecia o mundo olhando apenas de uma pequena janela? E as pessoas? Ela também achou que conhecesse as pessoas, achou que saberia lidar com elas... Achou que pudesse ser como as pessoas são com ela, em cada momento, cada instante... Algo como um camaleão que se camufla de acordo com a necessidade... Pois é, ela também aprendeu que não sabe ser assim... E quando ela descobriu que não era quem pensava ser, que não via o que acreditava ver, que não sabia o que jurava saber, não entendia o que julgava entender... Quando ela descobriu tudo isso, nem mesmo o seu mundinho perfeito, criado meticulosamente por ela mesma, foi capaz de deixá-la bem... Bem pelo contrário, seu mundinho perfeito e isolado se tornou infernal... Ela não suportava viver ali, viver sozinha ali, viver sozinha... Viver... Ela decidiu então, por fim a tudo o que descobrira, em tudo o que acreditava, em tudo o que sentia... Decidiu simplesmente não acreditar mais no que ouvia, no que via... Decidiu não dar mais tanta importância às palavras, não acreditar mais nas pessoas... Nem acreditar nela mesma... E desde então tudo tem sido assim, bem vazio... Ela não vê mais o mundo, e nem tenta mais compreendê-lo... Ela está apenas tentando aceitar que o que viu não era tão daquele jeito... E aceitar que ela mesma não era tão daquele jeito... Ela saiu do mundo perfeito que criou e viveu por muito tempo, e agora está à mercê de tudo, de todos, de todas as atitudes que ela tentou fugir um dia... Ela está aqui, agora, à espera do que vier, e o que vier bastará... Sem esperanças de coisas melhores, sem achar que merece alguma coisa, alguma chance, esperança de alguém... Ela simplesmente saiu da cápsula protetora, se vestiu, se olhou, se perfumou, se pintou do jeito que lhe parecia certo e foi enfrentar tudo aquilo que sempre fez questão de fugir...
Se a via-crucis virou circo, estou aqui...

domingo, 15 de agosto de 2010

Uma história que passou!

Era uma vez um casal aparentemente perfeito... Tinham impecílhos, defeitos, problemas, brigas... Mas tudo isso é tão normal, tão comum quando se quer alguém... Quando você se dispõe a viver por alguém... A ter, e ser de alguém... E esse casal era assim... Ela, a namorada que tentava ser perfeita a cada segundo, e que errava demais, mas sempre tentava corrigir... Abdicou de tudo, amigos, família, sonhos, manias... E mesmo se sentindo vazia às vezes, tinha um lado dela que se sentia completa, o lado que era preenchido pelo namorado... Ele, o namorado mais complicado e defeituoso do mundo... Rude e estúpido por vezes, machista e mandão em outras vezes, mas ao mesmo tempo carinhoso... Mesmo com essa forma estranha dele, e possessiva, ele a fazia bem, fazia com que ela se sentisse amada, querida, a cada dia... Ele com seus medos, desconfianças, problemas... Mas com o lado carinhoso, preenchido pela namorada... E assim eles levavam a vida perfeitamente bem, da maneira deles... Risos, choros, e depois mais risos, e assim se completavam, assim faziam planos para um futuro próximo, assim namoravam, viviam... Um para o outro, um pelo outro... Até que aconteceu... Veio o dia em que tudo foi por água abaixo... Sonhos, planos, certezas... Tudo passou como que num passe de mágica... Assim como veio, tudo se foi... E se foi por escolhas, escolhas erradas, de ambas as partes... Ele escolheu a vida mais fácil, ela escolheu a liberdade que não tinha... E desde então eles tem levado a vida assim, separados... Todas as escolhas feitas tiveram consquencias... Umas ruins, outras nem tanto... Mas foram escolhas que os separaram... Ela, hoje em dia, sente que essa separação talvez não seja pra sempre... Ele, também pode sentir a mesma coisa... Mas antes de tudo eles precisam perdoar os erros, um do outro, e se perdoar... Perdoar os próprios erros... Ela ainda precisa aprender a ser menos explosiva, ele a ser menos desacreditado das pessoas, e mais ainda, eles vão ter que aprender a esquecer tudo o que lhes aconteceu quando estavam separados... E se essa volta não acontecer? Bom, se essa volta não acontecer, o casal que era perfeito uma vez, não será mais nada nunca mais!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Deixo você ir

Hoje mexi numa caixinha diferente…
Estava lá na famosa segunda prateleira.
Abri. Era uma caixinha cheia de mágoas. Mágoas que eu nem sabia que existia.
De repente meu coração apertou. De repente percebi o quanto durante um tempo eu sofri e carreguei dores sozinha. E eu vi você. Você estava lá no fundo da caixa. Você e seu coração incolor, que me faziam acreditar que eu era a responsável pelas tristezas que meu coração chorava. E vi todas as minhas dores escondidas. Todos os meus choros abafados. Toda minha solidão. Tudo numa caixa que pesava, e machucava minhas mãos. Vi você como nunca tinha visto antes. Alguém que me machucava. Alguém que eu desconhecia.
E te desejei toda minha tristeza…
Na caixa guardei todas as noites que eu não dormi. Todos os dias que você não chegou. Todos os telefonemas que não recebi. A dor de precisar de você. A dor de precisar da sua voz no meu ouvido. A dor de precisar te ver. A dor de chorar de saudade. A dor da culpa. A dor da espera. A dor de acreditar num coração falido. A dor da mentira. A dor de precisar ser forte quando estava mais fraca. Quando você mais me desamou quando eu precisava ser mais amada.
Te desejo cada dor do meu coração. Por cada palavra de amor que eu te disse. Por cada sorriso sincero. Por amar você com a certeza que seria feliz para sempre e infinitamente. Quando achei que a vida não seria nada sem a nossa vida.
Por todos os nossos sonhos em vão.
Sonhos que foram apenas meus.
Acho que te inventei para mim.
Talvez um dia eu me perdoe ou tente amenizar a culpa de ter desejado todo amor que há nessa vida.


Ps.: Post não foi feito por mim... Roubei do Mulé Burra... segue o link: http://www.muleburra.com/mb/

sábado, 7 de agosto de 2010

E UM POEMA QUE NÃO É MEU PRA QUEBRAR A ROTINA

"Porque não consigo parar de pensar
Naquelas tardes, noites e manhãs 
No vinho, nas brincadeiras, no calor...
Daquele seu olhar encantador.


Sentir seu abraço acolhedor
Fechar os olhos e desaparecer
Hoje isso tudo me provoca a dor
Da falta que faz o seu amor.


Não sei o que pensar, não sei como agir
No momento a minha vontade é sumir
Quanto mais eu penso em esquecer
Mais eu quero te ter..."
Este poema não fui eu quem fiz, foi feito por alguém que pensa como eu, age como eu... Chamo a autora de 'meu outro eu'!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

A Camiseta Velha

Um dia me deram um conselho bastante interessante... Compararam meu sentimento à uma camiseta velha!
O conselho foi mais ou menos assim... "Você não tem na gaveta uma camiseta velha? Que não usa, ou usa bem raramente... Ou usa escondido, porque ela não está totalmente ao seu gosto? E essa camiseta não fica jogada no fundo da gaveta? E toda vez que você pega outra roupa pra por, olha aquela camiseta e pensa: 'Eu poderia usá-la, ou modificá-la, talvez melhoraria a cara dela...' E você nunca mexe nela, simplesmente joga ela na gaveta de novo, esconde o máximo que pode, pra não ver mais ela! Mas o que você acha de modificar ela? Tenta customizar... Mas claro, vê se ela vai se vai se adaptar às mudanças, vê se ela vai aderir bem a mudança... Senão a saída vai ser mesmo jogar ela fora, ou usar pra pano de chão!"
E eu acabei seguindo esse conselho... Assim, sem pensar, simplesmente fui seguindo!
A "camiseta" em questão foi tirada do fundo da gaveta, e no dia que tirei, olhei bem pra ela, analisei se uma mudança iria ser bem vinda, se iria me fazer querer usá-la... E comecei mexer nela, cortei a manga direita, um pedaço da esquerda, mexi no comprimento... E eis que minha camiseta velha e inutilizável virou uma blusinha até ajeitadinha!
Hoje a antiga camiseta ainda está guardada na gaveta, só que está diferente... A utilidade dela "mudou"... Antes eu usava geralmente pra momentos descontraídos, agora ela virou uma blusinha (como eu disse) e terá utilidade, quem sabe, pra momentos mais sérios... Até usei ela uma ou duas vezes no trabalho, que eu precisava ser mais séria... E acho que essa é uma boa utilidade pra minha camiseta velha...
Bom... Recentemente, o dono do conselho me questionou sobre o que eu havia feito com a camiseta, se eu tinha modificado, ou se eu tinha jogado fora... Minha resposta foi: "Acho que eu que aprendi uma outra forma de olhar pra ela, descobri uma outra utilidade, afinal, essa camiseta não se adaptaria a todas as mudanças necessárias pra ficar ao meu gosto, pra não voltar mais pra gaveta!"
E é assim que é!

domingo, 1 de agosto de 2010

"My Sacrifice..."♫


Bom... hoje é aniversário dessa peste aí... e hoje é o dia mais triste da minha vida... Porque eu ainda tinha uma esperança de nosso plano pra esse dia se realizar... Passarmos o aniversário dele juntos, já que não pudemos passar o meu... Tantas foram as coisas que aconteceram... Eu me magoei demais com ele, o jeito dele, como agia às vezes, como falava, os medos dele, a falta de confiança... Mas ao mesmo tempo, senti nele o melhor cara de todos... Aquele que sempre estava ali (e ainda está)... aquele que eu sabia que poderia contar, fosse pro que fosse, a hora que fosse... aquele que eu sabia que cuidava de mim, me protegia, me defendia... Me defendia tanto, que durante seis meses me defendeu de mim mesma... Hoje eu posso dizer: Fui perfeita por seis meses... Os seis meses que fui protegida de mim mesma... Os seis meses em que pude dizer: Eu tenho alguém pra mim! Ainda lembro com perfeição dele aqui... Na minha cama, na sala, lavando a louça... e de tudo... ABSOLUTAMENTE tudo... as brigas, inclusive... e ele chorando... ÚNICO homem que vi chorar em toda minha vida... Ele, eu posso dizer que era sincero... Tão sincero que realmente brigava comigo, e quando brigava falava tudo, explodia mesmo... e depois, me pedia perdão, me mostrava onde e o quanto tava errada, e me dizia onde melhorar... E o melhor, ele aceitava isso de mim... Às vezes paro e penso em como éramos iguais... brigávamos sempre, e sempre pedíamos perdão super arrependidos... Não pelo motivo da briga, mas sim pelas coisas ditas durante ela... E mesmo durante elas eu não deixava de amá-lo... Às vezes sinto que nunca deixei... Eu só quis 'me aventurar'... Tava numa fase de conhecer gente nova, queria passar mais e mais tempo com essas pessoas, e ele longe... E eu ficando com medo de perdê-lo pra elas (as groupies)... E devo confessar, me deixei levar por malditos pensamentos, pela vontade de conhecer uma pessoa em específico... E hoje me arrependo... Deus como me arrependo... Se eu pudesse voltar a abril, JAMAIS faria tudo o que fiz, de abril até agora... E eu ainda o teria aqui, pra mim... Tenho consciência de que as coisas poderiam estar ruins na maioria das vezes, mas tínhamos momentos bons... Eram raros, mas existiam... E como eu disse, mesmo nos momentos ruins eu ainda amava ele... Eu sempre pensei que amor fosse mesmo isso... você, mesmo nos piores momentos com a pessoa, não odiaria ela do nada... Como se o momento ruim não mudasse o sentimento... E só com ele senti isso... E a pior dor é saber que nunca mais vou sentir isso, nem com ele, nem com ninguém... Sabe, ter a vida que tem, e ter juízo, pensar no futuro, ter pés no chão... Não ser um aloprado (nisso éramos completamente diferentes)... Ele sabe o que quer, e sabe como ir atrás disso, e quando não sabe como (o que é raro) enfia a cara e vai, e faz... E o pior (na verdade melhor né) ele consegue cara... Ele sempre consegue o que quer... por mérito próprio, sem mentir, sem enganar, sem fingir... Doa a quem doer, o que ele pensa e sente DEVE ser dito... e ele diz... e ele não liga muito se vai machucar alguém ou a ele mesmo... Outra qualidade dele... Não tem medo de si mesmo... Não se tranca num casulo pra se defender de si mesmo, ou se defender dos reais pensamentos dos outros... Não preferem que os outros pensem e digam mentiras sobre ele, a se mostrar frágil e que no fundo, como todo mundo, PRECISA de cuidado... Se importa sim com o que os outros vão pensar, mas ele sempre cuida pra que pensem o melhor, e a VERDADE... E não deixa de viver por isso, ao contrário, é uma das pessoas que tem a vida que eu queria pra mim... E tudo o que eu disser agora vai soar como aquela frase pronta: “Só dá valor depois que perde!” Sim, pode até ser mesmo, na verdade realmente seja, mas eu confesso... Perdi alguém raro pra sempre... E isso dói demais... Saber que foi minha culpa... Mas ao mesmo tempo sei que ele está bem, Deus me deu a chance de ainda acompanhar a vida dele... E de poder dizer, de alguma forma, o quanto ele AINDA é especial pra mim...

Parabéns pelos 22 anos Thiago, e saiba que sempre, independente de tudo o que aconteceu, ou aconteça, você sempre será o melhor que eu tive... Melhor amigo, melhor namorado, melhor companheiro...


Quem sou eu

Minha foto
Tinha a idéia de formar uma banda, mas JÁERA. Acabou, fim, adeus, good-bye. Continuou escrevendo poemas e cantando músicas pra quem não quisesse ouvir. Sabe de cor a maioria das músicas da Legião Urbana (o que não é um grande feito) e é fã incondicional do Renato Russo (o cara mais honesto a aparecer e, depois, desaparecer). Já inventou uma rádio, quer ser porfessora. "Todos os professores e professoras sejam bem-vindos." Não gosta de médicos, filas de espera (a menos que seja para um show), música de espera no telefone, nem de gente falsa e/ou sem criatividade. Gosta muito de cinema e está atualmente preocupada com boatos de que a Terceira Guerra Mundial pode começar antes que ela cumpra sua promessa de ir à Varginha para se encontrar com seres extraterrestres. Como todo ser humano é falsa em casos de emergência, e todos sabem que não é nenhum pouco criativa. Ninguém sabe, mas foi ela quem matou Kurt Cobain em 1432 a. C.