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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

QUEDA LIVRE

Apenas caio.
De frente.
Não enxergo nada a frente.
Resolvo cair de costas. Agora sim. Vejo nitidamente coisas do passado e presente, creio que abaixo e está o futuro por isso não consigo vislumbrá-lo, ainda não aconteceu.
Não há felicidade ou tristeza, só o desabar no nada.
Percebo agora que com as passagens formas de cores diversas aparecem em vários lugares.
Que seriam?!
Algumas me acompanham ao lado por períodos curtos e simplesmente se vão. Outras ficam mais tempo e demoram quando precisam ir.
Espere.
Nesse momento se coloca ao meu lado uma imagem multicolor. Meus olhos querem definir o que ou quem seria, mas eu não consigo. Ela parece fazer com que todas as outras fiquem um pouco menores, exceto duas que sempre estiveram lá e estão juntas todo o tempo.
Agora eles começaram a aparecer, os sentimentos, por causa dessa forma multicolorida.
Apreensão, amizade, amor, culpa, felicidade, raiva, ela me mostra uma infinita variedade deles.
Espere. Apareceu ao lado dela outra forma com uma coloração escura, talvez um roxo bem forte. Isso confunde aquela figura multicolor e parece trazer desordem, mas eu não sinto nada em relação a ela.
Estacionei.
Não estou mais desabando.
É um sinal.
Devo prestar mais atenção aqui.
Vejo uma totalidade de cores de ambos os lados, só agora que elas são os freios que me fizeram parar.
Dão-me tempo e certamente indicam que eu devo pensar no contorno multicolor e no desenho roxo escuro, devo ter algo a resolver com elas.
Todos continuam aqui, mas agora é só silêncio e pensamentos desconexos.
A saída?
Só no fim da jornada.
Continuarei caindo.
Gastarei até meu último fio de sanidade para saber o que foi tudo isso.





Autoria: alguém que tem muito a falar, pra quem SABE escutar!

Um comentário:

Quem sou eu

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Tinha a idéia de formar uma banda, mas JÁERA. Acabou, fim, adeus, good-bye. Continuou escrevendo poemas e cantando músicas pra quem não quisesse ouvir. Sabe de cor a maioria das músicas da Legião Urbana (o que não é um grande feito) e é fã incondicional do Renato Russo (o cara mais honesto a aparecer e, depois, desaparecer). Já inventou uma rádio, quer ser porfessora. "Todos os professores e professoras sejam bem-vindos." Não gosta de médicos, filas de espera (a menos que seja para um show), música de espera no telefone, nem de gente falsa e/ou sem criatividade. Gosta muito de cinema e está atualmente preocupada com boatos de que a Terceira Guerra Mundial pode começar antes que ela cumpra sua promessa de ir à Varginha para se encontrar com seres extraterrestres. Como todo ser humano é falsa em casos de emergência, e todos sabem que não é nenhum pouco criativa. Ninguém sabe, mas foi ela quem matou Kurt Cobain em 1432 a. C.