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domingo, 12 de dezembro de 2010

"Tanto faz, tudo bem... Nunca mais amo alguém... Saia já do meu jardim..."

Ela chegou a dizer e pensar que de qualquer maneira, o importante era ter ele... Mesmo se ele não quizesse ficar com ela, mesmo que ela não fosse a preferência... Pra ela bastava tê-lo, mesmo se fosse daquele jeito que foi das últimas vezes... Aquela coisa estranha, cada um pro seu lado, pra sua casa, pra sua vida... E ela ainda tinha a esperança idiota de que, de alguma maneira as coisas ficariam como antes... Os abraços, os beijos com vontade (vontade das duas partes, da dele e da dela, porque ultimamente nem tanta vontade assim ela tinha), o carinho... Difícil pra ela foi ter que aceitar que o carinho nunca existiu de verdade... Pelo menos não da parte dele... Ela não vai ser mais tão injusta assim, e dizer mais uma vez que tudo era um jogo, até porque pode não ter sido... Mas que as coisas eram mentiras, isso eram... As coisas começaram assim, ele é assim, e ela também é assim (por que não?)... Todos eles mentiram, ela mentiu pra muitos caras, mas não mentiu pra ele, e só pra ele... E ele só fez mentir pra ela... Em tudo: gestos, frases, sorrisos... Hoje ela assume sua fraqueza... Assume que queria tê-lo independente de tudo, independente do que ele fizesse, do que ele dissesse... Prova disso foram tantas as vezes em que ela voltou, voltou pra ele. Ele nunca fez questão disso, nunca pediu, nunca se explicou, nunca a fez entender, nunca se importou... Mas ela voltava, todas as vezes que soube as coisas dele, todas as vezes que virou a cara pra ela e a ignorou... Mas ela não vai mais tentar, desistiu mesmo... Assume culpa por todas as coisas... Todas essas vezes, todos os acontecimentos (bons e ruins), assume culpa pela primeira vez, o primeiro olhar, culpa por tudo... Ela desejou todo mal do mundo, e todo troco que pudessem dar a ele... O odiou... Hoje ela não deseja mais NADA... Sorte, azar, sucesso, fracasso, amor, ódio, paz, saúde, doença, família, amigos, dinheiro, conquistas... Nada disso ela deseja a ele, porque realmente ela ainda não sabe o que desejar... Não sabe o que eu sente, e sinceramente não quer saber... Tudo que envolve ele ainda é dolorido demais pra ela, então ela prefere não pensar em mais nada, nem lembrar do que aconteceu, nem saber que ele existe e como está... Até seu nome, pra ela tanto faz, ouvir falar dele está se tornando suportável (até porque é inevitável)... E ela sabe, as coisas vão melhorar pra ela, e um dia ela vai de fato esquecer dele, da sua existência, do que foi pra ela um dia... E se há algo a desejar pra ele, ela apenas deseja vida!

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Quem sou eu

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Tinha a idéia de formar uma banda, mas JÁERA. Acabou, fim, adeus, good-bye. Continuou escrevendo poemas e cantando músicas pra quem não quisesse ouvir. Sabe de cor a maioria das músicas da Legião Urbana (o que não é um grande feito) e é fã incondicional do Renato Russo (o cara mais honesto a aparecer e, depois, desaparecer). Já inventou uma rádio, quer ser porfessora. "Todos os professores e professoras sejam bem-vindos." Não gosta de médicos, filas de espera (a menos que seja para um show), música de espera no telefone, nem de gente falsa e/ou sem criatividade. Gosta muito de cinema e está atualmente preocupada com boatos de que a Terceira Guerra Mundial pode começar antes que ela cumpra sua promessa de ir à Varginha para se encontrar com seres extraterrestres. Como todo ser humano é falsa em casos de emergência, e todos sabem que não é nenhum pouco criativa. Ninguém sabe, mas foi ela quem matou Kurt Cobain em 1432 a. C.